28 de agosto de 2011

Apenas.

Às vezes, essa tua ausência me traz a vontade de cuspir, arranhar os sentimentos que me doem. Essa tua ausência traz a mim a vontade de fazer da tristeza um quadro emoldurado, simplesmente para colocá-lo em algum lugar distante. Essa tua ausência que se confunde com seus sinais e seus gestos...

Não sei se te amo de um amor voraz, que se esconde por meio de um leve pensamento constante de pudor, ou se te amo de um amor calmo, simples e prestante, mas que ainda assim te consome aos poucos, te descobre a cada passo, entende estes teus segredos de um caminhar misterioso.

Então sofrer para somente depois reconhecer sua sublime virtude, ao sentir os prazeres de o ter? Amor, curioso e sublime amor.

26 de agosto de 2011

Eu queria ser artista.

Eu queria ser artista. Já fui bailarina! Já fui atriz!
Às vezes, arrisco traços.... Traços, retas e notas! Paralelas, verticais, abcissas, dissonantes!
Já fui pianista.
Já pintei quadro com tinta a óleo, já desenhei com giz a própria mão.
Já tentei ser escritora, jornalista, diplomata de conhecimentos variados e sutis.

Mas sabe, ser artista é coisa de outro mundo. 
Não posso ser artista... Não tenho dom.

E olha, é tão bonito dançar! Dançando a gente pode sentir o próprio coração. Inclusive, o bonito de ser artista é demonstrar com arte o que há no coração!
Por isso, por isso eu queria ser artista!

Arte... Arte tem em todo mundo! Todo mundo tem um pouco de artista dentro de si. Ou é, em si, uma arte! Ou pode ser arte, artista. Virar arte! Tornar-se artista!
(Só a gente- que não é artista- que não vê!)

Ué, mas todo mundo não era artista até agorinha mesmo? Eu, hein.

Mas viu, moço... Deixa eu ser poeta?
Poeta assim, do meu jeitinho!
Poeta assim, com seu jeitinho, também pode ser artista... Não pode?