25 de setembro de 2013

Desconstrução.

Lembro bem das tuas mãos deixando as minhas
Como se quisessem me avisar do teu desamor repentino
Eu que me dava pra ti até pelo avesso
me vi sem ter pra quem confessar
Das tuas falas queridas e cruéis eu tirava dor
E me lembrava das flores, do café e de todos os meus sonhos
Que pra ti eu dava sem temor
Por causa das tuas promessas tão boas quanto nossos sonhos bons...
Até hoje não sei então... quem tu és.

13 de maio de 2013

Dia.

Acordei sozinha em algum momento da manhã.
Abracei o travesseiro
Senti o gosto do teu beijo
Comi café com leite,
Botei açúcar no meu pão
Tentei de alguma forma pensar em um refrão
Pra te dizer que não ia mais te encontrar
Que eu não queria mais te amar
Peguei meu ônibus lá pelas seis
Vi pela janela a gente a se beijar
Sofri como uma flor que não quer desabrochar
Fechei-me em minha dor pra dor eu suportar
Então esbarrei num moço
Corri pra fugir de mim
Cheguei no meu almoço...
Mas não quero perder-te assim!
Joguei o prato no chão, atravessei na contramão
Fui correndo pelas ruas te encontrar
Pra te dizer do meu amor
Pra te dizer o quanto sou feliz
Pra te dizer que aquela cicatriz
Não vai mais me impedir de te amar
De te adorar, de te sentir assim tão meu
Como beijo no café,
como café com pão.
Até que então eu percebi
Ai meu deus, eu percebi
Você já não estava mais ali...
Voltei como uma flor que perde sua cor,
Como quem perdeu a mais bonita manhã,
Como quem perdeu seu o barquinho que ia ao mar...
Deitei na cama sem mais saber como me perdoar.

20 de março de 2013

Observação

Gosto de ser diferente de mim às vezes.
Mas, quando percebo, sou eu novamente.
Que loucura, meu deus!
Mais fácil é estar do que ser.