31 de agosto de 2010

Faz dela poesia.


Pra você eu faria verso todo dia, só pra ver você sorrir!
Por você até soneto eu fazia.
Achando as palavras bonitas juntava todas só pra ver você feliz!
Fazia minueto, canção... Tocava uma fuga de Villa Lobos no violão.
Se você pedir, te dou até meu coração.
Junto o lá maior com a dor da saudade e escrevo só pra dizer do amor que guardo por ti.
Ele vem assim, num descompasso, e traz com ele inspiração.
É coisa tão bonita, é a mais sincera sensação.
Guarda contigo essa cantiga, faz dela poesia...
Tira dela alegria, faz de mim tua melhor emoção.

Saudade, acolhe o meu amor.

Ela vem sorrateira... passa entre os dedos, dá calafrios. Procura os traços das mãos, os pêlos do corpo, os fios de cabelo, o calor da respiração. Os olhos buscam ao redor um consolo. Os dentes roem as unhas das mãos inquietas, e o que se ouve é o tique-taque do relógio.
Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac.
Os sentimentos se confundem, a saudade exala seu cheiro de flor, sua dor. O momento não chega, a paz precisa ser recomposta e o carinho precisa tomar lugar em seus braços. E a partir desse momento a vida é uma só. E a partir desse momento os teus gestos não são, se não meus; e a partir desse instante eu não sou, se não sua.