21 de novembro de 2009

Seus cabelo é daora.

O que você acha de não pagar para entrar em um baile funk? Interessante? É fácil! Vá sem calcinha, mulher!

Chegando lá, você pode perder muitas calorias dançando "créu", até mesmo no
sentindo literal. É de sua preferência. À vontade do freguês.

Calma senhora. Ficou espantada? Tem para a senhora também. Funk
gospel. O que a senhora acha? Pode até ouvir na presença dos seus filhos e netos, ensinando a importancia da religiosidade: " Pra ir pro céu, tem que ter muita oração. Pra ir pro céu, tem que ter é santidade. (...) Só quero te dizer que se você não for pro céu... o Satanás
créu!".

Fiquei pasma quando vi esta música- maravilhosa e educativa- em um vídeo no famoso youtube, com um menino interpretando-a. Acredito que este menino tenha, no máximo, uns dez anos de idade.

Isso me fez lembrar da minha infância. Com dez anos eu gostava de assistir desenhos, andar de bicicleta, brincar no parquinho. Quando ia para a casa da minha vó... ah, o ar livre! Recordo com saudade dos dias que passava em sua casa, com meus primos. Jogando vôlei no campo ali perto,
balançando na rede, comendo a melancia deliciosa que só a cidade de Paula Freitas tem. Indo no galinheiro pela manhã, ansiosa para ver se as galinhas teriam sido generosas comigo. Elas nunca eram.

Eu amava Mamonas Assassinas. Como me diveria cantando e dançando quando eles passavam em algum programa de televisão. Minha vó dava risada de toda essa brincadeira. A inocência ainda existia. Não via malícia nenhuma em cantar "sabão crácrá".

As meninas não cantavam "tô ficando atoladinha", e talvez nem soubessem o que é rebolar até o chão. Os garotos não referiam-se à elas como "cachorras" ou "tchutchucas". E elas também não eram relacionadas à frutas.

Hoje, as dançarinas de funk fazem suas apresentações de calcinha e top, quando não com menos. E o pior é que muitas garotas se espelham nelas. O porquê? Impossível de entender.

Os funkeiros podem se revoltar, e defenderem o estilo, argumentando que é uma forma de expressão de uma camada social mais pobre, um desabafo, um protesto.
Raramente ouve-se uma música assim.

Infelizmente, hoje o que se vê em baile funk é música aludindo à pornografia e homem atrás de mulher semi-nua rebolando até o chão.

Eu ainda prefiro a inocência de "Mina, seus cabelo é daora, seu corpão violão, meu docinho de coco, tá me deixando louco..."

2 comentários:

  1. Realmente Lidy, eu simplesmente não entendo o que as pessoas veem no Funk. Nãoe ntendo porque o brasileiro caracteriza o funk como música nacional se não passa de meros ruídos orgásticos de pessoas que querem sexo até no pão com manteiga. Eu acho isso realmente ridículo. E, como você disse, não entendo porque insentivar as crianças a ouvir essas bostas. Prefiro as músicas de antigamente, do que esses funks barulhentos.

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  2. eh... falou tdo, Gui. infelizmente funk eh, na maioria, apologia ao sexo!

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