31 de agosto de 2010

Saudade, acolhe o meu amor.

Ela vem sorrateira... passa entre os dedos, dá calafrios. Procura os traços das mãos, os pêlos do corpo, os fios de cabelo, o calor da respiração. Os olhos buscam ao redor um consolo. Os dentes roem as unhas das mãos inquietas, e o que se ouve é o tique-taque do relógio.
Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac.
Os sentimentos se confundem, a saudade exala seu cheiro de flor, sua dor. O momento não chega, a paz precisa ser recomposta e o carinho precisa tomar lugar em seus braços. E a partir desse momento a vida é uma só. E a partir desse momento os teus gestos não são, se não meus; e a partir desse instante eu não sou, se não sua.

Um comentário:

  1. Own, que lindo! 'E a partir desse momento a vida é uma só. E a partir desse momento os teus gestos não são, se não meus; e a partir desse instante eu não sou, se não sua.'
    É disso que a gente precisa!

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